Do Portal AZ:
Teresina – O advogado maranhense Ronaldo Ribeiro, que assumiu a defesa de Nayra Veloso, a Nayrinha, sem cobrar honorários, criticou duramente as investigações realizadas pela Polícia Federal em torno do caso Fernanda Lages. Pelo telefone, a programa de televisão de Teresina, Ribeiro chegou a dizer que o resultado do inquérito deveria ser sem autor conhecido, fazendo que o caso deveria ser arquivado. “A polícia (federal) precisa deixar de praticar ilegalidade, e dar a cara pra bater à sociedade”, disse.
![]( "Ronaldo Ribeiro")
- Ronaldo Ribeiro diz que após oito meses caso deveria ser arquivado
A justificativa para o descontentamento, segundo Ribeiro, é a de que passados oito meses da morte da estudante de Direito, ainda não há nenhum indiciado. “A polícia tem que encerrar esse caso”, alega o advogado, ao questionar que o mesmo nunca deveria ter sido encaminhado para a Comissão investigadora do Crime Organizado – CICO. “Quem deveria ter solucionado o caso era o delegado Mamede, o primeiro a assumir”, contestou.
Ronaldo Ribeiro afirma que, se esse crime tivesse acontecido no Maranhão, já havia sido desvendado. Ele considera também que a prisão de sua cliente é “ilegal e abusiva” e argumenta que uma pessoa não pode “ser presa para contar o que não existe”.
Indagado sobre o fato de que Nayrinha seria vinculada ao caso por um detalhe da sapatilha na perícia técnica, ele é enfático em dizer que a prisão se deu por conta do depoimento do vigilante Jaelson, que afirmou tê-la visto no local do crime, horas antes da estudante ser encontrada morta.
O advogado ficou surpreso ao saber que o pedido de habeas corpus de Nayra não foi aceito pelo desembargador Joaquim Santana – do Tribunal de Justiça do Piauí – por falta de provas que justifiquem a liminar. “Em cinco anos de profissão, nunca vi isso acontecer”, contestou.
Amigos piauienses
Ronaldo Ribeiro também refutou comentários que se faz em Teresina sobre possíveis ligações suas com empresários piauienses. O advogado de Nayrinha negou, por exemplo, conhecer o empresário João Castro, dono da construtora Jurema. Ele tomou conhecimento de que especularam sua participação no corso carnavalesco do Zé Pereira na companhia de pessoas ligadas ao dono da Jurema. Negou, portanto, qualquer ligação e desafiou que mostrem fotos disso.
Ronaldo Ribeiro disse, também, que não está sendo pago por um outro empresário teresinense, do ramo de automóveis, que teria parentesco com Jivago Castro.
Sobre as informações de que esteve no Corso do Zé Pereira e teria sido visto com as pessoas citadas, além de ter reafirmado que não as conhece, o maranhense confirmou que esteve sim, no evento carnavalesco, mas teria participado do “Caminhão da Devassa”. “Nós cedemos um trio pra eles e fomos convidados para participar da festa”, concluiu.
